quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Roma Antiga


                     

                                             Civilização Romana
 
De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C por Rômulo e Reno, que foram criados por uma loba.


·         A Civilização Romana nasceu no centro da Península Itálica, por volta do século VIII a.C. Progressivamente, os romanos foram conquistando a Itália, a área do Mediterrâneo, a Europa, o norte da África e a Ásia menor.

·         A princípio era uma simples aldeia, depois se tornou cidade e expandiu seus domínios por grande parte do mundo antigo.

·         Com a expansão militar, os romanos entraram em contato com outros povos (entre eles gregos e egípcios) e ampliaram sua própria cultura mesclando-a com influencias de povos conquistados.

·         Muitas instituições políticas e sociais contemporâneas têm suas raízes na Roma antiga. O principal idioma dos antigos romanos era o latim. Nele encontravam a origem de muitos conceitos básicos da vida política atual.

·         O Brasil é uma República. República vem de res = coisa e publicae = pública. Na origem, República referia-se à organização política do Estado voltada para o interesse público e o bem comum.

·         A educação deve preparar a pessoa para o exercício da cidadania. Cidadania é a qualidade do cidadão, caracterizada pelo livre exercício dos direitos e deveres políticos e civis. Cidadania e cidadão são palavras que vêm do latim civitas, que indica a convivência das pessoas participantes das decisões sobre os rumos políticos da sociedade.

                                                      O território
Roma situa-se no centro da Península Itálica. E a Península Itálica penetra  no mar Mediterrâneo, no centro do continente europeu.
No tempo dos romanos, a Itália era dividida em quatro partes:

·         Itália do norte – estendia-se dos Alpes até o rio Rubicão, compreendendo regiões como Ligúria, Salassos, Gália, Vêneto e Ìstria.

·         Itália central - compreendia regiões como Etrúcia, Úmbria, Piceno, Sabínia, Lácio, Samínia e Campânia.

·         Itália do sul – compreende regiões como Apúlia, Lucânia, Calábria e Brúcio.

·         Itália insular- formada por diversas ilhas, entre elas Sicília, Sardenha, Córsega e Elba.
                                              Povoadores

 A península Itálica era habitada desde tempos pré-históricos. Posteriormente, em diferentes épocas, diversos povos instalaram-se na região. Entre eles destacaram-se italiotas, etruscos e gregos.

·          Italiotas – chegaram à península Itálica por volta de 2000 a.C e ocuparam a região central. Subdividiam - se em diversas tribos como as dos latinos, dos volscos, dos équos, dos úmbrios, dos sabinos, dos samnitas etc.

·         Etruscos – chegaram à península por volta do século VIII a.C. Ocuparam inicialmente a região central e, depois, expandiram seus domínios até regiões do norte.
·         Gregos – instalaram-se na península durante o movimento de colonização, em época próxima à chegada dos etruscos.Ocuparam a região do sul, onde fundaram diversas cidades ( Nápoles, Siracusa, Tarento etc.), que ficaram conhecidas em  seu conjunto como Magna Grécia.


                                                 Organização social

Os principais grupos sociais de Roma eram patrícios, clientes, plebeus e escravos.

·         Patrícios - recebiam esse nome porque apresentavam-se como descendentes dos primeiros pater famílias (chefe familiar) a fundarem Roma. Formavam, assim, a aristocracia romana. Eram cidadãos romanos e, por isso, desfrutavam de direitos políticos e podiam desenvolver altas funções públicas, no exército, na religião, na justiça ou na administração. Os patrícios eram grandes proprietários de terras, de rebanhos e de escravos.

·          Clientes – eram pessoas livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxilio econômico e proteção social. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.

·         Plebeus - eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas. A plebe representava a maioria da população romana. A principio, os plebeus não tinham direitos de cidadão: não podiam exercer cargos públicos nem participar da Assembléia  Curial.

·         Escravos – eram inicialmente os devedores incapazes de pagar suas dividas. Posteriormente, com a expansão militar, o grupo passou a incluir prisioneiros de guerra.
Realizavam as mais diversas atividades, como serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam as funções de capataz, professor, artesão. Eram considerados um bem material, uma propriedade; o senhor tinha direito de castigar o escravo, de vendê-lo ou de alugar seus serviços.




                                                   A organização política
 Roma apresentou três períodos na sua evolução política: Monarquia, República e Império.

Monarquia ( 753 a 509 a.C)
 Durante esse período, o governo era exercido pelo rei, que cuidava da administração, da justiça e comandava o exército.

O rei era o chefe militar e religioso e o juiz. No desempenho de suas funções , era fiscalizado pela Assembléia Curial e pelo Senado

O Senado era um conselho formado por cidadãos idosos principais chefes das famílias dos patrícios; sua função era elaborar as leis e fiscalizar as ações do rei.

 A Assembléia Curial compunha-se de cidadãos que estavam agrupados em Cúrias
 (conjunto de dez clãs). A Assembléia tinha como principais funções eleger altos funcionários e aprovar ou rejeitar leis, quando convocada pelo rei.

Roma teve sete reis:  quatro latinos - Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Marcio; e três etruscos -  Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo.
Os etruscos dominaram Roma durante toda a fase final da Monarquia.


                                                       República (509-27 a.C)
No ano de 509 a.C, um grupo de patrícios depôs o último rei etrusco Tarquínio e fundou a República.
A partir deste momento, a influência dos etruscos em Roma desapareceu e o poder passou a ser controlado pelos patrícios que montaram uma organização social e administrativa para exercer domínio sobre Roma e melhor desfrutar os privilégios do poder.

A palavra República, em latim, que dizer “coisa de todos”. No entanto, o que se viu em Roma não foi distribuição do poder, mas a instalação de uma República dominada pelos patrícios.

Os patrícios controlavam quase todos os altos cargos da República. O governo republicano se dividia em:

Senado – era o órgão mais importante do governo republicano; encarregado da administração, das finanças e da política externa.

 Magistraturas – os magistrados eram altos funcionários (uma espécie de ministros), encarregados da administração da República. Os mais importantes magistrados eram os cônsules, eleitos anualmente e com poderes executivos; suas funções equivaliam praticamente às de um rei ou presidente.


Assembléias dos Cidadãos – eram encarregadas de eleger os magistrados, de votar as leis e de resolver problemas ligados a plebe.

                                                        A luta da plebe

 Ao tomar consciência da importância de seu papel, os plebeus recusaram-se a servir no exercito. Isso representou um duro golpe na estrutura militar de Roma. Os plebeus iniciaram contra os patrícios uma longa luta política que durou mais de um século.
Antes dessas lutas, os plebeus não podiam participar das decisões políticas, exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios. Para voltar a participar do serviço militar, os plebeus fizeram varias exigências.

·          Tribuno da plebe - pessoa para representá-lo e defender seus interesses.

·         Lei das Doze Tábuas (450ª.C) – eram normas que definiam por escrito,  a posição dos  plebeus e patrícios na sociedade.

·         Lei Canuléia (445 a.C) – autorizava o casamento entre patrícios e plebeus. Na pratica, foram os plebeus ricos apenas que conseguiram casar-se com patrícios.

·         Eleição dos magistrados plebeus (367-366 a.C) - os plebeus foram conseguindo, lentamente, ter acesso às mais diversas magistraturas romanas.


                                            As conquistas militares
Ao terminar a lutar entre patrícios e plebeus, os romanos, sob o governo republicano, já dominavam quase toda a Itália.
 Após dominar todos os povos da Península Itálica, os romanos passaram a disputar o Mar mediterrâneo com sua grande rival – Cartago
 As guerras contra Cartago – chamadas de Guerras Púnicas – foram três e duraram de (264  a 146 a. C).
A destruição de Cartago abriu aos romanos o caminho para a conquista do Oriente e da Espanha.
                                         Resultado das conquistas

1-      Aumento das terras cultiváveis.
2-       Agravamento da situação da plebe. Isto ocorreu porque os patrícios adquiriam um grande numero de escravos para o trabalho nas suas propriedades.
3-       Aumento da escravidão, com a captura e a venda de prisioneiros de guerra.
4-       O Mar Mediterrâneo, com a captura e a venda de prisioneiros de guerra.
5-       Cobrança de impostos, comércio com as províncias, atividade bancaria.
6-       As populações rurais arruinadas se deslocaram para as cidades, onde a falta de emprego fez surgir um grande numero de desocupados, mantidos por órgãos públicos.


                                

Nenhum comentário:

Postar um comentário